Com tantas possibilidades interessantes para se conhecer em SP, listar somente alguns pontos foi uma tarefa árdua
De fato, São Paulo é uma das cidades mais encantadoras do mundo. Mesmo conhecido como “a terra da garoa” e por ser, particularmente, cinza em grande parte do tempo, o local é um dos mais visitados do mundo. Quem está em busca de pontos turísticos famosos, bonitos e com uma arquitetura clássica, de renomados artistas e com grandes histórias para contar, certamente essa é SP. Em mais de quatro décadas de história, a cidade oferece lugares maravilhosos para serem visitados, assim como a estação Julio Prestes, o Masp, a Avenida Paulista, Parque do Ibirapuera e muito mais. São muitos pontos turísticos de São Paulo para se encantar.
Mas, saber um pouco mais sobre cada ponto turístico desse é um
privilégio, mas quer saber? Nós iremos dar uma ajudinha e contar
detalhes. Ficou interessado? Então, não perca!
Estação Júlio Prestes
A histórica estação ferroviária foi projetada por Cristiano Stockler
das Neves em 1925 no estilo francês Luís XVI e concluída em 1938. Na
década de 1990, foi restaurada e o seu interior onde existia um jardim
clássico francês de 960 metros quadrados foi convertido em uma sala de
concertos, a Sala São Paulo. Atualmente serve aos trens da Linha 8 da
CPTM.
Museu de Arte Sacra
Localiza-se na ala esquerda do Mosteiro da Luz, fundado em 1774 por
iniciativa de Frei Galvão. É a única edificação colonial do século XVIII
em São Paulo a preservar seus elementos, materiais e estrutura
originais. Encontra-se inserido em meio à última chácara conventual
urbana do país. Foi tombado como monumento arquitetônico de interesse
nacional em 1943, pelo então SPHAN (atual IPHAN) e, posteriormente, pelo
Condephaat.
Viaduto do Chá
A atual construção, de concreto armado, data de 1938 e foi feita para
substituir o projeto original de 1892, idealizado pelo francês Jules
Martin, cuja estrutura de metal alemão com assoalho de madeira já não
suportava mais o grande número de pessoas que por lá passavam
diariamente. O projeto original foi o primeiro viaduto construído na
cidade de São Paulo.
MASP
O Museu de Arte Moderna de São Paulo Assis Chateaubriand localiza-se
em um edifício projetado pela arquiteta ítalo-brasileira Lina Bo Bardi,
famoso pelo vão-livre de mais de 70 metros que se estende sob quatro
enormes pilares. O edifício é considerado um importante exemplar da
arquitetura brutalista brasileira e um dos mais populares ícones da
capital paulista, sendo tombado pelas três esferas do poder executivo –
Iphan (federal), Condephaat (estadual) e Conpresp (municipal)
Oca
O Pavilhão Lucas Nogueira Garcez, popularmente conhecido como Oca, é
um pavilhão de exposições localizado no Parque do Ibirapuera. Foi
projetado por Oscar Niemeyer em 1951, para compor o conjunto
arquitetônico original do parque, construído para comemorar o IV
Centenário da Cidade de São Paulo, que se deu em 1954.
Copan
O edifício de linhas sinuosas e elegantes, projetado por Oscar
Niemeyer, é um dos mais emblemáticos de São Paulo. É bastante conhecido
por sua geometria sinuosa, que lembra uma onda, e pelos números
superlativos de suas estatísticas: tem 115 metros de altura, 35 andares
(incluindo três comerciais), além de dois subsolos, e cerca de dois mil
residentes. É considerada a maior estrutura de concreto armado do
Brasil. Possui 1.160 apartamentos distribuídos em seis blocos, sendo
considerado o maior edifício residencial da América Latina. A área
comercial no térreo possui 72 lojas e um cinema, o antigo Cine Copan,
que funcionou até 1986. A ideia era inspirada no Rockefeller Center, de
Nova York, condomínio que unia um grande centro comercial e de lazer a
residências. Assim como a Oca, também foi encomendado para o IV
Centenário da cidade, que viria a ser comemorado em 1954.
Edifício do Banespa
O Edifício Altino Arantes, também conhecido como Edifício do Banespa
ou Banespão,foi construído a partir de 1939 para sediar o Banco do
Estado de São Paulo (Banespa). Após sua inaguguração, em 1947, chegou a
ser considerado a maior estrutura em concreto armado do mundo e o prédio
mais alto da cidade, até ser superado pelo Mirante do Vale, em 1960.
Seu projeto inicial foi alterado para fazê-lo à semelhança do Empire
State Building, em Nova Iorque.
Edifício Casa das Arcadas
O edifício Casa das Arcadas foi construído na segunda metade da
década de 1920 por Siciliano & Silva. Seu nome faz referência aos
arcos que ornamentam a fachada externa nos dois primeiros pavimentos e
também aos advogados que mantinham escritórios no local, formados pela
faculdade de Direito do Largo São Francisco, cujo apelido é ‘Arcadas’. O
edifício, propriedade da FAAP, passou por uma grande obra de restauro
em 2009 e hoje continua a ser ocupado pela famosa loja de calçados
Fidalga, inaugurada em 1928 e por prestadores de serviços e
estabelecimentos comerciais de diversas áreas, como advogados, médicos,
óticas, livreiros, ourives e escritórios imobiliários.
Biblioteca Mário de Andrade
A principal biblioteca pública de São Paulo localiza-se em uma
recém-reformada construção projetada pelo francês Jacques Pilon em 1943.
Seu edifício-sede, no centro histórico da capital paulista, é um dos
marcos arquitetônicos do estilo art déco na cidade. A recente
intervenção abrangeu a modernização dos serviços e aparatos tecnológicos
de pesquisa e a restauração de parte de seu mobiliário.
Casa de Vidro
Projetada em 1950 por Lina Bo Bardi para ser a residência da
arquiteta italiana e seu marido Pietro Maria Bardi, a ousada construção
abriga hoje parte da coleção de arte particular adquirida ao longo dos
anos pelo casal. Em 1987, a famosa Casa de Vidro foi tombada pelo
Condephaat.
Prédio da FAU-USP
O edifício da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo no campus da
Universidade de São Paulo teve seu projeto encomendado a Vilanova
Artigas. Sua construção, iniciada em 1966 e concluída em 1969, mostra-se
externamente como um grande paralelepípedo em concreto, sustentado por
pilares em forma de trapézios duplos, apoiados levemente sobre o solo.
Ao contraste entre os leves pontos de apoio e o peso do volume que eles
sustentam combina-se o jogo entre planos fechados (no alto) e
superfícies envidraçadas ou abertas (na parte de baixo). O movimento que
a frente propõe permite entrever os espaços internos do edifício, eles
também pensados a partir da alternância de planos altos e baixos, cheios
e vazios, linhas retas e curvas (empregadas no caracol destinado à
direção do museu). A proposta central do projeto reside na idéia de
continuidade espacial, que o grande vazio central explicita. Os seis
pavimentos, ligados por rampas largas de inclinações suaves e variáveis,
dão a sensação de um só plano.
Sesc Pompéia
Sediado em um conhecido edifício projetado pela arquiteta Lina Bo
Bardi em 1977, a partir de uma fábrica de tambores. Ao visitar a
fábrica, onde seria implantado o Sesc, a arquiteta encontrou uma bela
construção, feita com estrutura de concreto armado com vedações em
alvenaria, pioneira no Brasil. A arquiteta, então, reinventou a
construção, mantendo o espaço livre dos galpões, mas reprojetando as
funções da antiga estrutura, de forma a transformar o projeto de
tecnologia fabril em um projeto moderno.
Residência James King
Construída em 1972 para abrigar uma família com cinco filhos, a casa
assinada pelo premiado arquiteto Paulo Mendes da Rocha possui linhas
retas e concreto aparente, integrando-se com o entorno natural da
região. Uma das mais belas arquiteturas de São Paulo.
Edifício Itália
O Edifício Itália (cujo nome oficial é Circolo Italiano) é o segundo
maior da cidade de São Paulo e do Brasil em altura, com 165 metros
distribuídos em 46 andares. Inaugurado em 1965, é atualmente um dos
marcos da cidade, protegido pelo Patrimônio Histórico por ser um dos
maiores exemplos da arquitetura verticalizada brasileira. Um dos maiores
destaques do edifício é o restaurante localizado no seu topo, conhecido
como Terraço Itália, que permite uma vista em 360 graus da cidade,
sendo um dos maiores pontos turísticos da capital paulista. No andar
térreo do edifício há também um teatro e uma galeria. Os demais andares
são ocupados por escritórios.
Palácio W. Zarzur (antigo Mirante do Vale)
Maior edifício já construído no país, com 170 metros de altura e 51
andares. Projetado pelos engenheiros Waldomiro Zarzur e Aron Kogan, sua
construção começou em 1960 e foi inaugurado 1966. Desde sua conclusão,
nenhum edifício conseguiu superar sua altura, mantendo o título de maior
arranha-céu do Brasil desde então.